Imagine a seguinte cena: você está deitado na cama, tentando dormir, mas sua mente não para de criar cenários hipotéticos. O que vai acontecer amanhã? E se tudo der errado? Será que fiz algo de errado no trabalho hoje? A cada nova pergunta, seu coração bate mais forte e o sono fica mais distante.

Se identificou? Calma, você não está sozinho. A vida moderna nos empurra para um estado quase constante de alerta, fazendo com que preocupações inofensivas se transformem em um emaranhado de angústias que parece impossível se desvencilhar. Mas por que isso acontece? E, mais importante: como lidar com isso?

Vamos explorar juntos o caminho que leva da preocupação à ansiedade e descobrir como romper esse ciclo vicioso com estratégias práticas e uma pitada de bom humor — porque, convenhamos, às vezes rir de nós mesmos é o melhor remédio.

Preocupação ou Ansiedade? Afinal, qual é a Diferença?

A preocupação é como um velho conhecido que bate à porta de vez em quando. Na maioria das vezes, ela surge como uma tentativa da mente de se preparar para desafios futuros. “E se eu perder aquele prazo?” ou “E se a apresentação for um desastre?” são exemplos clássicos.

Por outro lado, a ansiedade não é tão educada assim — ela simplesmente arromba a porta e se instala, sem pedir licença. É aquela sensação de inquietação constante, acompanhada de sintomas físicos como taquicardia, tensão muscular e um nó persistente na garganta.

Na verdade, a preocupação pode até ser útil em certos contextos, funcionando como um estímulo para resolver problemas. Mas quando ela perde a mão e passa a ser improdutiva, se transforma na faísca que acende a fogueira da ansiedade.

Por Que Nos Preocupamos Tanto?

A mente humana adora ter controle — ou pelo menos a sensação de controle. Quando enfrentamos situações incertas, a preocupação surge como um jeito (meio atrapalhado, é verdade) de tentar lidar com o imprevisível.

O problema é que a preocupação nem sempre se traduz em ação. Ficamos presos em pensamentos repetitivos, como se estivéssemos ensaiando para um espetáculo que talvez nem aconteça. E quanto mais repetimos esses ensaios mentais, mais alimentamos a ansiedade.

Preocupação Produtiva x Preocupação Improdutiva

Nem toda preocupação é prejudicial. A preocupação produtiva nos leva a agir: estudar para uma prova, revisar uma apresentação ou planejar uma viagem com cuidado. Ela é uma aliada quando direcionada para soluções concretas.

Mas a preocupação improdutiva... essa é traiçoeira. Ela foca no que não podemos controlar, como imaginar que todo mundo no trabalho está falando mal de você. Spoiler: provavelmente não estão.

O truque está em reconhecer quando a preocupação está passando dos limites e se tornando um obstáculo. E é aqui que entra o trabalho terapêutico.

Como Romper o Ciclo da Ansiedade: Estratégias Práticas

Vamos direto ao ponto: quebrar o ciclo da ansiedade não é mágica — é um processo de autoconhecimento e prática constante. Mas eu prometo que vale o esforço!

1. Questione Seus Pensamentos (Sem Piedade)

Quando a preocupação surgir, pergunte a si mesmo:

• Isso é um fato ou uma interpretação minha?
• Que evidências eu tenho de que isso realmente vai acontecer?
• Eu já passei por algo parecido antes? Como lidei com isso?

Desafiar seus próprios pensamentos é um dos pilares da Terapia. Ao invés de aceitar qualquer pensamento catastrófico como verdade absoluta, coloque-o à prova.

2. Pratique o Mindfulness (Sem Julgamento)

Mindfulness é sobre estar presente no aqui e agora, sem julgar o que você está sentindo. Parece simples, mas a prática diária pode fazer toda a diferença. Experimente respirar profundamente e observar seus pensamentos como se fossem nuvens passando no céu.

3. Use o Humor a Seu Favor

Vamos ser sinceros: às vezes, nossas preocupações são um tanto... dramáticas. Que tal rir um pouco disso? Dar um nome engraçado para a sua “voz ansiosa” pode ajudar a desarmá-la. Chame-a de “Dona Previsão do Apocalipse” e observe como ela perde a força.

4. Reestruturação Cognitiva

Podemos também aprender a reestruturar padrões de pensamento. Troque frases do tipo:

• “Eu nunca vou conseguir lidar com isso.”
• Por: “Posso não conseguir hoje, mas vou dar um passo de cada vez.”

5. Tenha uma Rotina de Autocuidado

Cuidar do corpo e da mente é fundamental para reduzir os níveis de ansiedade. Pratique atividades físicas regularmente, alimente-se de forma equilibrada e reserve um tempo para hobbies que tragam prazer e relaxamento.

A Terapia como Caminho para a Tranquilidade

Se você se vê constantemente preso nesse ciclo de preocupação e ansiedade, talvez seja hora de procurar ajuda especializada. A terapia oferece um espaço seguro para compreender a raiz desses sentimentos e desenvolver estratégias personalizadas para enfrentá-los.

Na Terapia trabalhamos juntos para identificar os pensamentos distorcidos que alimentam a ansiedade e substituí-los por percepções mais equilibradas e realistas. Além disso, integrar práticas de compaixão e aceitação permite que você se trate com mais gentileza, quebrando o ciclo da autocrítica.

A Jornada Começa com o Primeiro Passo

Transformar preocupação em ação e ansiedade em autocompreensão não é um caminho linear, mas é absolutamente possível. E você não precisa trilhar essa jornada sozinho.

Se identificou com as situações descritas? Sente que chegou a hora de entender melhor suas emoções e assumir o controle da sua vida? Entre em contato e vamos conversar. A terapia é um convite para transformar seus padrões de pensamento e construir uma relação mais saudável consigo mesmo.

Afinal, preocupar-se menos e viver mais é um presente que você merece se dar.